Carpe diem.

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Eu não gosto de abandono, por isso acolho. Por isso recolho e não costuro sorriso porque chorar é preciso. Porque não importa se o desenho é feio. Ou se a ferida é doída. Ou se o dedo do meio foi pra mim. Eu contorno e de um jeito ou de outro, sempre tenho uma cor pra mudar a história. E na vida, a gente aprende que quanto mais a nuvem pesa e se enche de cinza, mais forte vem a chuva. Ou o choro. Sorte é ter um coração cheio de pancadas, metido em tempestades e sujeito a trovoadas. Esses sim são corações maduros de forte. Não de vez. Tenho um coração de todas as cores. Que amanhece azul e adormece vermelho ou bege ou rosa ou verde ou roxo ou... qualquer cor serve, porque quanto mais cor no coração, aprenda: MAIS COR-AGEM na vida." A gravidade não te impede de voar!

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terça-feira, 11 de outubro de 2011

Perguntaram a John Lennon:
- Por que você não pode ficar sozinho, sem a Yoko?
ele respondeu:
- Eu posso, mas não quero. Não existe razão no mundo porque eu devesse ficar sem ela. Não existe nada mais importante do que o nosso relacionamento, nada. E nós curtimos estar juntos o tempo todo. Nós dois poderíamos sobreviver separados, mas pra quê? Eu não vou sacrificar o amor, o verdadeiro amor, por nenhuma piranha, nenhum amigo e nenhum negócio, porque no fim você acaba ficando sozinho à noite. Nenhum de nós quer isto, e não adianta encher a cama de transa, isso não funciona. Eu não quero ser um libertino. É como eu digo na música, eu já passei por tudo isso, e nada funciona melhor do que ter alguém que você ame te abraçando
Vou inventar um mundo melhor, onde felicidade seja prioridade. Onde um sorriso importe muito mais que a cor da pele. Onde o respeito prevaleça. Onde pessoas hipócritas e sem caráter não tenham nem entrada.
Vou inventar um mundo melhor, onde felicidade seja prioridade. Onde um sorriso importe muito mais que a cor da pele. Onde o respeito prevaleça. Onde pessoas hipócritas e sem caráter não tenham nem entrada.
”..Me leva para as tuas histórias, dentro dos teus rascunhos proibidos”
”..Me leva para as tuas histórias, dentro dos teus rascunhos proibidos”

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Friday 7th October

Essa história é sobre a menina de sardas e fita rosa, Antônia, e o moleque da praça, Julio. Se não gosta de clichês sugiro que pare sua leitura, pois aqui nessas memórias me considero um autor piegas; ou seria isso um apelido para o que planejo contar. Antônia, meu caro leitor, é aquela moçinha de berço em ouro puro sufocada por uma redoma de cristal, e Julio é o moço humilde que conquista seu coração. Como eu disse, clichê. Saiba você que eu, além de narrador, já fui Julio; velhos tempos, agora sou apenas um identificado que grava em papel suas lembranças, usando terceira pessoa. Mas, ignorando meu ponto de vista, contarei a minha vida e, para começar, posso dizer que minha vida foi Antônia. Ah, que cabeça a minha… a vida de Júlio foi Antônia. Conheceram-se ainda muito crianças, de maneira que não podem dizer ao certo qual foram os primeiros pensamentos infantis que chuviscaram em suas mentes naquele momento mágico, mas Antônia gostava de dizer que sentiu como se todas os doces do mundo não fossem trazer mais glicose à sua veia do que aquele olhar de criança. Era agradável para ela sentir como se aquele amor fosse “a primeira vista” como nos filmes que tanto admirava. Eram inseparáveis até uns seis ou sete anos de idade, quando Antônia ainda passeava pelas ruas acompanhada por Glória, sua então babá. Mas não demorou para que a velha morresse, de uma tuberculose cruel e corriqueira na época; então a menina passou a permanecer dias trancada em seu quarto, sem a atenção de ninguém.
  Passou-se alguns anos até que Antônia voltasse a aparecer pelas esquinas da pequena cidade interiorana. Lembro que nos primeiros dias que Antônia passou dos limites do seu majestoso jardim ninguém a reconhecia, era como se fosse uma estrangeira na sua própria cidade natal - apenas Julio teve a impressão de que a moça não havia mudado sequer um traço. Na época, ela devia ter uns quinze anos, era dona do mesmo sorriso travesso que Júlio costumava provocar, de olhos meigos e azuis e cabelos cor de bronze pouco acima da cintura; também já era uma moça feita, com curvas marcantes e seios formados. Nesta época, Júlio era pedreiro e trabalhava em uma construção que ocorria nas proximidades da mansão da menina, mas nem em seus mais loucos sonhos ele imaginava que ela lembraria do garoto com o qual construía casinhas de areia. Mas ela lembrava, leitor, talvez mais do que ele; devido ao grande tempo em que esteve entediada, apenas na companhia de suas próprias memórias. Mas, por mais estranho que pareça, eles fingiram desconhecer-se por um bom tempo, nesse impasse – ou talvez insegurança.
  Mas, como não se dispensa em um romance não-original, houve a força do destino. Acredita, Zé (Posso te chamar assim, meu caro?) , que foi um tijolo que uniu aqueles tolos amantes? Um simples tijolo que, travesso, insistiu em não ficar em seu lugar e cair por cima de Julio. Antônia passava logo em frente naquele momento e correu para ser prestativa. Aí não houve atuação que conteve a emoção. Creio que a possibilidade de um machucado no dono de suas lembranças despertou entre os dois algo que nunca morrera. Era como se eles nunca tivessem negado uma a existência do outro, como se voltassem aos tempos do castelo de areia e a princesa dos olhos de Antônia brilhasse no reino de Júlio.
  A parti de então eles passaram a se encontrar em todos os passeios rotineiros de Antônia, deixando Julio cada dia mais apaixonado pela moçinha de cristal. A adolescência dos dois afloravam por onde passavam, deixando rastros de risinhos e conversas bobas que sobrepunham os vizinhos obtusos. Apesar de ignorá-los, eles continuavam a serem observados por velhos e adultos, que não possuíam nada a fazer, a não ser cuidar da vida de um casal aparentemente feliz de mais para todos os problemas que conheciam - problemas como o bolo queimado no forno ou o fato de não terem uma televisão maior. Mas cidade pequena é assim mesmo, Zé, todo mundo cuida da vida de todo mundo e ninguém cuida da própria.
  Entretanto o mundo de Júlio era reduzido a segundos - que mais pareciam horas - esperando o término do horário de trabalho, junto com a ânsia de ver aqueles olhos delicados encontrarem os seus para mais um encontro. A mãe de Antônia de nada sabia, pois apesar de tudo, aquela cidadezinha de 10 mil habitantes ainda guardava em seu âmago os costumes de um tempo antigo. Infelizmente, Zé, os vizinhos não contentaram-se somente em observar, passando então a falar. Não é difícil imaginar o que aconteceu. A mãe de Antônia logo soube do que acontecia e Julio não a viu por um bom tempo.
  Um bom tempo não é todo o sempre. O que parte o coração é que, quando Julio voltou a rever Antônia, foi tão somente para uma despedida. Aflita do jeito que estava, conseguiu encontrar-se com ele em meio a construção, dizendo-lhe que se mudaria na manhã seguinte, mas que nunca esqueceria dele. Eis que aquela noite foi a mais feliz e mais triste de toda a vida do Julio. Ambos rasgaram o peito de amor e declararam-se apaixonados um pelo outro, no entanto, esse amor não teria continuidade já que Antônia viajaria no raiar do dia.
  Agora, enquanto escrevo, eu paro e penso em como descrever em detalhes aquele dia que marcou minha vida… digo, a vida de Júlio. Ele estava lá, parado na frente da estação de trem, vendo Antônia esperando o veículo que a levaria para bem longe de sua felicidade. Ele pensou em ir sem malas ou medos junto com ela, ou em puxa-la para impedir que o “adeus” acontecesse, mas o impulso insensato logo desapareceu. O trem chegou e Antônia sussurrou para Júlio do outro lado da estação: “Eu amo você”. Então ela entrou pela porta de saída do nosso amor.
  Nem sei o que seria de mim, Zé, se Antônia não tivesse saído daquele trem quando percebeu a imensidão de nosso “à dois”. Esquece a terceira pessoa, leitor. Agora eu, Julio, estou sentado ao lado da bela Antônia - que agora me olha com a testa franzida e um sorriso incentivador marcado por uma tristeza visível. Acho que acabamos de conversar sobre algo sério, e eu decidi que escreveria isto para ela, para nunca esquecermos da nossa história. Mas nossa história não tem como ser esquecida, certo? Isso tem um motivo o qual eu não consigo lembrar agora. Ela sussurou no meu ouvido que tudo ficaria bem, mas eu não sei por que não ficaria; ela sempre se preocupava demais com as coisas. Começo a me lembrar que fui ao médico hoje, e Antônia chorou feito criança e saiu do hospital com o seu rosto angelical todo vermelho. Mas o que foi que aquele doutor disse para minha pobre Antônia? Sei que agora voltou a cair em pranto do meu lado e segurou minha mão… acho que ela quer reconstruir aquela casinha de areia que fizemos semana passada; mas tem que ser rápido, Glória chegaria em breve e a levaria para casa. Mas Glória já morreu, certo? O que eu estou dizendo? Por favor, Antônia, não vá embora. Sua mãe não entende que viver sem ti é impossível pra mim? Por favor não suba nesse trem, não suba. Eu te amo tanto, não se vá. Ai Zé, ela pulou nos meus braços, ela ouviu minhas preces. Daqui pra frente agora é só felicidade. Desculpe-me fazer-te ouvir meus lamentos, mas tenho que ir, levar Antônia de volta pra nossa ruazinha… de onde ela nunca deveria ter saído. Ah, Zé, lembrei o que o médico disse… acho que vou morrer. 
  “Alzheimer?” Antônia sussurrou entre lágrimas.
(ecstasydeamor) e (desoladosinglorios)
Essa história é sobre a menina de sardas e fita rosa, Antônia, e o moleque da praça, Julio. Se não gosta de clichês sugiro que pare sua leitura, pois aqui nessas memórias me considero um autor piegas; ou seria isso um apelido para o que planejo contar. Antônia, meu caro leitor, é aquela moçinha de berço em ouro puro sufocada por uma redoma de cristal, e Julio é o moço humilde que conquista seu coração. Como eu disse, clichê. Saiba você que eu, além de narrador, já fui Julio; velhos tempos, agora sou apenas um identificado que grava em papel suas lembranças, usando terceira pessoa. Mas, ignorando meu ponto de vista, contarei a minha vida e, para começar, posso dizer que minha vida foi Antônia. Ah, que cabeça a minha… a vida de Júlio foi Antônia. Conheceram-se ainda muito crianças, de maneira que não podem dizer ao certo qual foram os primeiros pensamentos infantis que chuviscaram em suas mentes naquele momento mágico, mas Antônia gostava de dizer que sentiu como se todas os doces do mundo não fossem trazer mais glicose à sua veia do que aquele olhar de criança. Era agradável para ela sentir como se aquele amor fosse “a primeira vista” como nos filmes que tanto admirava. Eram inseparáveis até uns seis ou sete anos de idade, quando Antônia ainda passeava pelas ruas acompanhada por Glória, sua então babá. Mas não demorou para que a velha morresse, de uma tuberculose cruel e corriqueira na época; então a menina passou a permanecer dias trancada em seu quarto, sem a atenção de ninguém.
  Passou-se alguns anos até que Antônia voltasse a aparecer pelas esquinas da pequena cidade interiorana. Lembro que nos primeiros dias que Antônia passou dos limites do seu majestoso jardim ninguém a reconhecia, era como se fosse uma estrangeira na sua própria cidade natal - apenas Julio teve a impressão de que a moça não havia mudado sequer um traço. Na época, ela devia ter uns quinze anos, era dona do mesmo sorriso travesso que Júlio costumava provocar, de olhos meigos e azuis e cabelos cor de bronze pouco acima da cintura; também já era uma moça feita, com curvas marcantes e seios formados. Nesta época, Júlio era pedreiro e trabalhava em uma construção que ocorria nas proximidades da mansão da menina, mas nem em seus mais loucos sonhos ele imaginava que ela lembraria do garoto com o qual construía casinhas de areia. Mas ela lembrava, leitor, talvez mais do que ele; devido ao grande tempo em que esteve entediada, apenas na companhia de suas próprias memórias. Mas, por mais estranho que pareça, eles fingiram desconhecer-se por um bom tempo, nesse impasse – ou talvez insegurança.
  Mas, como não se dispensa em um romance não-original, houve a força do destino. Acredita, Zé (Posso te chamar assim, meu caro?) , que foi um tijolo que uniu aqueles tolos amantes? Um simples tijolo que, travesso, insistiu em não ficar em seu lugar e cair por cima de Julio. Antônia passava logo em frente naquele momento e correu para ser prestativa. Aí não houve atuação que conteve a emoção. Creio que a possibilidade de um machucado no dono de suas lembranças despertou entre os dois algo que nunca morrera. Era como se eles nunca tivessem negado uma a existência do outro, como se voltassem aos tempos do castelo de areia e a princesa dos olhos de Antônia brilhasse no reino de Júlio.
  A parti de então eles passaram a se encontrar em todos os passeios rotineiros de Antônia, deixando Julio cada dia mais apaixonado pela moçinha de cristal. A adolescência dos dois afloravam por onde passavam, deixando rastros de risinhos e conversas bobas que sobrepunham os vizinhos obtusos. Apesar de ignorá-los, eles continuavam a serem observados por velhos e adultos, que não possuíam nada a fazer, a não ser cuidar da vida de um casal aparentemente feliz de mais para todos os problemas que conheciam - problemas como o bolo queimado no forno ou o fato de não terem uma televisão maior. Mas cidade pequena é assim mesmo, Zé, todo mundo cuida da vida de todo mundo e ninguém cuida da própria.
  Entretanto o mundo de Júlio era reduzido a segundos - que mais pareciam horas - esperando o término do horário de trabalho, junto com a ânsia de ver aqueles olhos delicados encontrarem os seus para mais um encontro. A mãe de Antônia de nada sabia, pois apesar de tudo, aquela cidadezinha de 10 mil habitantes ainda guardava em seu âmago os costumes de um tempo antigo. Infelizmente, Zé, os vizinhos não contentaram-se somente em observar, passando então a falar. Não é difícil imaginar o que aconteceu. A mãe de Antônia logo soube do que acontecia e Julio não a viu por um bom tempo.
  Um bom tempo não é todo o sempre. O que parte o coração é que, quando Julio voltou a rever Antônia, foi tão somente para uma despedida. Aflita do jeito que estava, conseguiu encontrar-se com ele em meio a construção, dizendo-lhe que se mudaria na manhã seguinte, mas que nunca esqueceria dele. Eis que aquela noite foi a mais feliz e mais triste de toda a vida do Julio. Ambos rasgaram o peito de amor e declararam-se apaixonados um pelo outro, no entanto, esse amor não teria continuidade já que Antônia viajaria no raiar do dia.
  Agora, enquanto escrevo, eu paro e penso em como descrever em detalhes aquele dia que marcou minha vida… digo, a vida de Júlio. Ele estava lá, parado na frente da estação de trem, vendo Antônia esperando o veículo que a levaria para bem longe de sua felicidade. Ele pensou em ir sem malas ou medos junto com ela, ou em puxa-la para impedir que o “adeus” acontecesse, mas o impulso insensato logo desapareceu. O trem chegou e Antônia sussurrou para Júlio do outro lado da estação: “Eu amo você”. Então ela entrou pela porta de saída do nosso amor.
  Nem sei o que seria de mim, Zé, se Antônia não tivesse saído daquele trem quando percebeu a imensidão de nosso “à dois”. Esquece a terceira pessoa, leitor. Agora eu, Julio, estou sentado ao lado da bela Antônia - que agora me olha com a testa franzida e um sorriso incentivador marcado por uma tristeza visível. Acho que acabamos de conversar sobre algo sério, e eu decidi que escreveria isto para ela, para nunca esquecermos da nossa história. Mas nossa história não tem como ser esquecida, certo? Isso tem um motivo o qual eu não consigo lembrar agora. Ela sussurou no meu ouvido que tudo ficaria bem, mas eu não sei por que não ficaria; ela sempre se preocupava demais com as coisas. Começo a me lembrar que fui ao médico hoje, e Antônia chorou feito criança e saiu do hospital com o seu rosto angelical todo vermelho. Mas o que foi que aquele doutor disse para minha pobre Antônia? Sei que agora voltou a cair em pranto do meu lado e segurou minha mão… acho que ela quer reconstruir aquela casinha de areia que fizemos semana passada; mas tem que ser rápido, Glória chegaria em breve e a levaria para casa. Mas Glória já morreu, certo? O que eu estou dizendo? Por favor, Antônia, não vá embora. Sua mãe não entende que viver sem ti é impossível pra mim? Por favor não suba nesse trem, não suba. Eu te amo tanto, não se vá. Ai Zé, ela pulou nos meus braços, ela ouviu minhas preces. Daqui pra frente agora é só felicidade. Desculpe-me fazer-te ouvir meus lamentos, mas tenho que ir, levar Antônia de volta pra nossa ruazinha… de onde ela nunca deveria ter saído. Ah, Zé, lembrei o que o médico disse… acho que vou morrer. 
  “Alzheimer?” Antônia sussurrou entre lágrimas.
(ecstasydeamor) e (desoladosinglorios)
 Só de ter te conhecido a minha vida já valeu. (Projota)
Só de ter te conhecido a minha vida já valeu. (Projota)

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Sou apaixonado por abraços. Não resisto à segurança de abraços fortes, sinceros que me envolvem e sinto como se um choque de esperança me fizesse ver as coisas de outra maneira. Então, poupe-se de procurar palavras pra me agradar, de algo que me faça sorrir e me sentir melhor… Apenas me abrace, e me segure bem forte!


- Amor, teu cheiro é o melhor do mundo.
- Eu sei.
- Por que você é tão convencido? - falei entre um leve empurrão, e um sorriso.
- Por que tenho a melhor namorada do mundo.
- Vai me deixar convencida também?
- Você descobriu meu plano maligno
- Grande vilão você! Só planeja aumentar meu ego…
- E ter você até o fim dos tempos, mas isso é em segundo plano.
- Você não existe! - falei rindo.
- Só se você não existir comigo.

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